sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Naufrágio no Pará: Responsável por embarcação é preso

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Marcus de Souza Oliveira, responsável pela embarcação D. Lourdes II, preso nesta terça-feira, 13, em Ananindeua — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Pa
O homem apontado pela Polícia Civil como responsável pela embarcação que naufragou no Pará foi preso na tarde desta terça-feira (13) em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Marcos de Souza Oliveira, de 34 anos, deve responder por dolo eventual pela morte de ao menos 22 pessoas em um naufrágio. As informações são do g1 Pará.


Lancha Dona Lourdes que naufragou próximo à Cotijuba, na travessia do Marajó a Belém. — Foto: Reprodução / TV Liberal
O barco naufragou na quinta-feira (8) e uma pessoa segue desaparecida. As buscas foram retomadas nesta terça-feira. Outras 22 pessoas morreram e 66 sobreviveram, segundo a Segup. A 66ª pessoa que sobreviveu foi informada na segunda (12) após um homem procurar atendimento médico informando que também estava no barco.

O mandado de prisão de Marcos de Souza Oliveira foi expedido no sábado (10), mas o fato só foi divulgado pela Polícia Civil no início da tarde desta terça-feira (13), em entrevista do delegado geral da polícia, Walter Rezende.

Na tarde desta terça-feira, por volta das 15h, o governador do Estado publicou em uma rede social que o responsável pelo barco D Lourdes II foi preso. A polícia não informou para qual delegacia ele foi levado e detalhes sobre depoimento.

Segundo o delegado Walter Rezende, o comandante da embarcação deve ser indiciado por homicídio doloso. A polícia não descarta que mais familiares do suspeito sejam responsabilizados. "A gente está tomando depoimento e juntando às diligências realizadas para avaliar a extensão da responsabilidade criminal", disse o delegado geral da Polícia Civil do Pará.

Segundo a defesa, o suspeito estaria sofrendo ameaçadas e, por isso, ainda não foi depor, conforme relatou o advogado Dorivaldo Belém. Alguns sobreviventes relataram que os salva-vidas eram velhos e se rasgaram. Questionada sobre a responsabilização do comandante do barco por transportar pessoas sem colete salva-vidas, o advogado disse que a "responsabilidade é compartilhada": E a responsabilidade de quem entra no barco e não coloca o colete?", questionou o advogado, sem responder a questionamentos sobre as irregularidades no barco, apontadas pelas autoridades.

O barco funcionava sem autorização das autoridades e saiu de um porto clandestino. Por isso, segundo as autoridades paraenses, não há lista oficial de passageiros. O governo do Pará não divulgou nomes das vítimas, nem dos sobreviventes.

Após o naufrágio, o governo anunciou novas embarcações para a travessia que começaram a funcionar nesta terça-feira (13).
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Fotógrafo: verified_user

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